Focus Home Interactive e a Cyanide Studio publicaram na última quinta-feira, 19, o trailer de Call of Cthulhu, baseado na obra de H. P. Lovecraft.

O jogo traz elementos de investigação, sobrevivência e furtividade com o ar de terror insano que tanto gostamos. A narrativa foca em Edward Price, um detetive particular que investiga as causas da morte de uma famosa artista e sua família.




Call of Cthulhu está previsto para ser lançado ainda em 2017 para PC, Xbox One e PlayStation 4.
Com o recém crowdfunding de Rastro de Cthuhu, da Retropunk Publicações, e a visibilidade que os Mythos de Cthulhu estão recebendo devido ao NerdCast de RPG, o ano de 2017 pode ser bem interessantes para este cenário.

RPG Call of Cthulhu 1: O mistério de William Faraday


Se você parou aqui no Fúria Imortal, percebeu que adoramos o nos embrenhar com algumas criaturas Mythos. Mas se você ainda não tenha tido nenhuma experiência com um cenário Lovecraftiano, o blog MUNDO TENTACULAR é especializado no assunto.


Neste artigo você terá informações básicas para narrar um cenário baseado nos Mythos, com exemplos das principais diferenças entre os outro sistemas:



E deixarei também o Fast Play de Chamado de Cthulhu, lançado no Brasil no longínquo 2004, quando haviam poucos materiais traduzido. Junto com ele vem uma pequena aventura para iniciar seu grupo. Vale muito a pena.

FAST PLAY - O CHAMADO DE CTHULHU. PDF


E claro, ouça o FÚRIACAST. Temos duas aventuras baseadas no cenário com o bom e velho Steampunk. Boa diversão e economizem sanidade!



OUÇA AGORA OU FAÇA O DOWNLOAD: (Duração: 1h 33min)


Mais um financiamento coletivo em reta final. Este suplemento independente de Old Dragon da Moostache Books precisa acontecer! Corre e dê seu apoio. CLIQUE AQUI!

Magos de chapéu pontudo que lançam bolas de fogo, guerreiros em armaduras lutando com suas espadas gigantescas, ladrões se esgueirando em posição côncava nas sombras e clérigos que são poções de cura ambulantes.
Seus personagens são apenas assim? Não tem problema!
Mas saiba que eles podem ser muito mais, de forma que sua classe não os limitem em suas ações. Estrategistas, defensores ou mestres do subterfúgio, qualquer classe pode adquirir estas características, bastando que os jogadores entendam os princípios de cada classe e o quanto podem expandir estes conceitos sem os descaracterizar.
Além disso, temos novas regras, equipamentos diferentes e mais um montão de novidades, sem falar em uma aventura exclusiva para cada classe, desenvolvidas para apenas um jogador e um Mestre.
Com este livro e o manual básico do Old Dragon, as possibilidades serão limitadas pela imaginação!


Aparições em nosso mundo geram debates e muito documentário sensacionalista e, não tente me enganar, se você estiver lendo isso sozinho a noite, vai pensar duas vezes em olhar por cima do ombro.

Porém, com um panteão tão vasto de monstros e seres a nossa disposição, elas raramente são aproveitadas como um grande desafio para os aventureiros. As informações a seguir são do Bestiário de D&D 3.5, focado nas informações que podem te ajudar a adaptá-lo para o sistema da sua campanha.



Aparições são criaturas incorpóreas nascidas do mal e das trevas e desprezam todas as coisas vivas e a luz que as protege.

Em alguns casos, a silhueta horripilante de uma aparição parece envolta por uma armadura ou brandindo certos tipos de armas, refletindo apenas a forma que ela tinha em vida.

Com um toque mortífero, enfrentar esta criatura corpo a corpo é uma atitude temerária que você irá querer rever.


DRENAR CONSTITUIÇÃO: Qualquer criatura viva atingida pelo toque incorpóreo de uma aparição deve obter sucesso num teste de resistência ou sofrerá danos permanentes de Constituição.
Aparições possuem uma Aura antinatural e qualquer animal, seja domesticado ou selvagem, pode detectar sua presença. A luz solar é uma grande aliada, deixando as aparições impotentes.
CRIA: Qualquer ser vivo morto por uma aparição se tornará uma delas após alguns turnos. O corpo se manterá intacto e inerte, mas o espírito se desprenderá sofrendo a transformação.


Há ainda outro tipo mais aterrador de aparição, nomeadas de Aparições Tórridas. Enquanto uma aparição comum tem o tamanho de um ser humano, esta é quase do tamanho de um ogro! Aparições Tórridas são mais antigas e malévolas e conseguem detectar vida.

Em todo caso, é melhor correr e se esconder até a luz do sol surgir.



Sistemas genéricos são ótimos suplementos para quem busca diversão sem muito compromisso, busca versatilidade ou para quem deseja iniciar um amigo no Role-Playing Game.

Aqui no Fúria Imortal, usamos muito o Sistema +2d6 do Tio Nitro, muito versátil quando se leva em consideração que nosso grupo está em três regiões diferentes do Brasil.

Eis mais uma opção para você disponibilizado pelo portal  Coisinha Verde.

Calisto é um mini sistema genérico de RPG com apenas 4 páginas! O sistema utiliza apenas dados de 6 e as fichas podem ser feitas em qualquer pedaço de papel! Você estabelece as perícias de cada personagem e distribui os pontos, e seu personagem está pronto! Os testes são resolvidos apenas com 1d6. Ao decorar as regras (que são muito simples!) você nem precisará mais do manual e poderá jogar em qualquer lugar que esteja!

Deixa de desculpas e vá jogar RPG!


Baixe Calisto agora: DOWNLOAD


"Não importava para onde eu fugia, lá estava ela. Sua presença agourenta minava minha existência a cada passo forçado entre o formigueiro humano a minha frente.

Fazia o quê? Seis, sete anos? Não sei ao certo. É um desses números cabalísticos que nos impressionam durante horas de documentários sensacionalistas de terceira. Começou quando eu recebi um pacote em meu escritório. O remetente era de uma tia maluca que eu não via há séculos.

Dentro do pacote havia uma agenda antiga de 1977. Capa de couro, páginas amareladas e aquele cheiro de ácaro que impregna no nariz.

O conteúdo era bizarro. Desenhos profanos, símbolos desconhecidos e palavras repletas de amargura, ódio e falta de sentido. Nenhuma carta veio junto.

Liguei para a tia após perder duas horas tentando descobrir seu telefone. Uma mulher atendeu e logo reconheci a voz de minha prima Dandara. Ela me contou que a mãe dela havia falecido uma semana antes. Comovido, prestei minhas homenagens e a alertei sobre a agenda, insistindo que devolveria para ela.

- Não, não. Fique com ela – Dandara recusou – Mamãe enviou vários pertences a familiares e amigos antes de partir. Ela dizia que precisava deixar tudo para trás, sabe?

- Compreendo, prima – suspirei do outro lado da linha.

- Ela vivia dizendo que sentia muito pela a briga entre ela e sua mãe. Pena que as duas se foram sem resolver tudo isso.

- Águas passadas. Tudo irrelevante agora. -  respondi sincero.

Preso ao laço familiar que me impedia de jogar aquela fonte de alergia fora, o esqueci na biblioteca numa gaveta de tranqueiras.

Uma semana depois vieram os sonhos.

No começo achei que era uma pura resposta do meu inconsciente a morte da minha tia. Sonhava com ela sobre mim feito uma pisadeira que me impedia de mover cada músculo do corpo. Seu rosto era muito mais novo do que eu me recordava e estava manchado de sangue. Ela segurava algo em uma das mãos... algo vivo. A coisa pulsava e se contorcia na mão da aparição e eu pude sentir seu cheiro pútrido, corroendo-me por dentro.

O mais aterrorizante é que ela enfiava essa bestialidade amorfa direto na minha garganta. Sempre me considerei equilibrado, mas esse sonho se tornou recorrente. Mais de uma vez acordei com a sensação de engasgo provocado por aquela massa pulsante do inferno. A coisa mudava de forma a cada sonho. Esse desespero noturno foi minando minha sanidade.

Agendei um horário com um especialista que culpou minha rotina estressante pelo probleminha. Uma receita aqui, uns remedinhos ali e pronto: me livrei da revolução grega de toda noite.


E assim foi por três anos. Quando esquecia das doses diárias de comprimidos multicoloridos, lá estava minha tia com a pequena entidade infernal para uma visitinha. Algumas vezes acordava com os estigmas do ataque em meu pescoço e com um leve e incomodo inchaço no meu estomago.

Mais uma consulta e as doses aumentaram, mas o efeito desaparecia a cada noite. Eu comecei a definhar emocionalmente. Dormia esperando o encontro. Acordava o sentindo.

Quando a medicina por fim deixou de fazer efeito, apelei para religião. Tentei todas ao meu alcance. Católica, protestantes das mais tradicionais às renovadas, candomblé, umbanda e espirita. Mas nenhuma delas me trouxe libertação. Eu não conseguia sair de casa. Não conseguia trabalhar. Não conseguia me comunicar com o mundo exterior.

Minha irmã me fez uma visita e ficou horrorizada ao ver o lixão que cultivava em casa. Jornais velhos, restos de comida e fezes espalhados pelos cômodos. O sindico a alertou sobre o atraso na minha fatura e por sorte eu ainda tinha o dinheiro do seguro desemprego para retirar. O suficiente para pagar a dívida e dar entrada numa casa de repouso.

Três refeições diárias, doses de calmante regularmente e equipe médica de prontidão como o panfleto garantia. Minha irmã veio me visitar com novidades. Ela havia conseguido uma bateria de testes no Instituto do Sono. Fiquei três dias sob observação, mas nada que os impressionassem. Apenas mais um caso de paralisia do sono. Um estado onde você acorda rápido demais para o cérebro perceber que está acordado, causando a paralisia e as alucinações.

Numa manhã ao acordar, ela estava lá no meu quarto. A coisa amorfa em sua mão pulsava sujando o chão com seu sangue.

Congelei!

Minha tia saltou sobre mim e abafou meu grito de horror inserindo a coisa pela minha garganta. Senti ele escorregando pelo meu esôfago até atingir o suco gástrico do meu estomago. Feito o serviço, a bruxa me deixou vomitando aos berros. Os enfermeiros vieram e me sedaram após algum sacrifício. Mas a coisa voltou no dia seguinte, e no outro também e assim tem sido.

Eu não suportei e fugi da clínica duas semanas depois.

Arrombei a porta de casa, pois minha chave estava com minha irmã. Corri para a biblioteca e resgatei a maldita agenda da gaveta de tranqueiras. Devorei as páginas e me apavorei ao ler o relato de minha tia.

“Ele vem toda noite. Sempre com aquele troço. Ninguém acredita! Todo dia. Eu sinto aqueles demônios dentro de mim. Eles ficam me dizendo que eu sou a porta. ”

Então reconheci a coisa amorfa em seus desenhos. Agora tudo fazia sentido! Havia um símbolo recorrente em todas as páginas. Uma espécie de gancho ou anzol. Em outras páginas havia um nome impronunciável rasurado. Achei um antigo cartão de visitas de um cemitério colado em uma página. O mesmo que minha mãe havia sido sepultada anos atrás. Mais precisamente em... em 1977!

Não era possível. Era? Era.

Busquei pela casa a caixa onde guardava os documentos de minha mãe. A encontrei em cima do meu guarda-roupas com os documentos pessoais dela. Certidão de casamento, de óbito e um caderninho onde ela anotava receitas. Peguei o caderninho e comprovei: Era a mesma letra!

Me sentei na cama para respirar e notei uma presença. Lá estava ela, segurando a coisa amorfa. Agora eu reconhecia seu rosto. Não era minha tia, mas a minha própria progenitora. Aquela agenda profana pertencia a minha mãe!

Ela pulou sobre mim com uma destreza sobrenatural e antes que eu percebesse, sua mão já estava dentro de minha boca, empurrando a coisa amorfa pela minha garganta enquanto eu sufocava. Assim que bateu no meu estomago, minha mãe sumiu como de costume.

Horrorizado e sem encontrar um refúgio contra esses ataques, fugi para a rua, vivendo pelas vielas desde então. Nunca no mesmo lugar. Abro caminho pelas pessoas na rua fugindo do espectro de minha mãe com a coisa em sua mão. Mas para o meu total descontentamento, a multidão não a intimida. Quem me vê agonizando pelas sarjetas acredita que eu estou tendo um ataque ou caindo de bêbado. Ninguém se importa. Agora sou um lixo humano à margem do que a sociedade aceita como normal.

Mas desta vez foi diferente. Após mais um ataque, cá estou eu caído no meio do centro comercial da cidade. As pessoas, que antes se limitavam a desviar de mim, agora se aglomeravam. Uns tentavam me ajudar, mas recuavam.

Ainda sentia a coisa descendo pela minha garganta. Ainda sentia seu gosto pútrido. Meu estomago parecia inchar e realmente estava inchando. A ponto de esmagar todos os meus órgãos e ossos. As pessoas fugiam em desespero. Desespero que há seis ou sete anos, um desses números cabalísticos, eu havia experimentado. Só agora eu percebi que nunca precisei fugir. Era inútil. Sempre foi. Com meu corpo prestes a arrebentar eu percebi.

Eu era a porta. E havia chegado o momento de abrir. ”

Por Willa Costa



Depois do bem-sucedido financiamento de Chamado de Cthulhu, outro sistema baseado na mitologia do Tio Howie está na reta final de seu Crowdfunding, Rastro de Cthulhu da Retropunk Publicações. Amanhã é o último dia!
 Em 2010, a RetroPunk anunciou, durante a RPG Con em São Paulo, o lançamento do jogo Rastro de Cthulhu, na época o primeiro RPG sobre o Mythos de Cthulhu no Brasil e que une um excelente cenário com o sistema de regras GUMSHOE e suas mecânicas mais voltadas ao narrativismo.
Rastro de Cthulhu também foi o primeiro jogo publicado pela novata RetroPunk, fundada oficialmente em maio de 2010, e seu lançamento aconteceu através de pré-venda com o livro sendo entregue/despachado em 8 de janeiro de 2011. 

A partir de R$15 você ajuda na realização deste projeto com várias recompensas. Confira: Catarse – RASTRO DE CTHULHU



Finalmente a série 3% conseguiu sair do papel e com grande estilo pela nossa querida e causadora de procrastinação, Netflix!



Não é de hoje que falamos da distopia brasileira (veja nossas expectativas aqui). A primeira versão, que foi ao ar no youtube lá em 2011, fez com que acompanhássemos a luta em busca de apoio dos idealizadores do projeto, mas na época, não houve muito interesse por parte da nossa mídia novelesca.

Ah, o tempo!

Em 2011, quando a websérie nos foi apresentada, distopias eram febre em todos os tipos de mídia. Jogos Vorazes (Suzanne Collins), Divergente (Veronica Roth) e a Série "Anomalos" da brasileira Barbara Morais, nos davam narrativas que envolvem adolescentes em futuros cruéis onde precisam lutar para se encaixarem.


Muitos acharam o tema datado – embora ele fale sobre o futuro, vá entender! Mas a abordagem não poderia ser melhor, visto que estamos no Brasil! Todo o contexto envolvendo meritocracia e desigualdade estão em voga na atualidade. O que realmente quebra com estes ideais, é a parte técnica da produção.

Algumas atuações são forçadas e os figurinos deixam a desejar, chegando até a nos entregar personagem sujos de graxa de forma nada aleatória. Algumas das tecnologias empregadas são interessantes, mas mal executadas.

O tom cinza à la Snyder da websérie é descartado, o que eu achei uma pena. A nova abordagem em tons claros não conseguiu transmitir bem o peso do processo. Mas nem todas as mudanças foram ruins. Na versão de 2011, os agentes do processo eram militares austeros e clichês, robóticos. Na nova roupagem somos apresentados a equipe de Ezequiel (Paulo Miguel) e todo um plot para explicar suas motivações.


Agora somos apresentados a mais participantes, estes interpretados por Bianca Comparato (Michelle), Michel Gomes (Fernando),  Vaneza Oliveira (Joana), Rodolfo Valente (Rafael) e Rafael Lozano (Marco). Alguns funcionam, outros não.

Joana (Vaneza Oliveira) é quem realmente rouba a cena, sendo a personagem com melhor construção ao longo da série. O Rafael (Rodolfo Valente) tem seus momentos e ainda há o desnecessário romance entre Michelle (Bianca Comparato ) e Fernando (Michel Gomes).

FUTURO

Embora com todo o peso de ser a primeira série brasileira do Netflix, 3% dividiu opiniões. Mas muitas críticas de blogs e sites de entretenimento do Brasil, demonizaram a série, apontando apenas os pontos negativos.

Mesmo assim, atualmente a série possui 7,7/10 no IMDB e 80%no Rotten Tomatoes. Dentro da plataforma do Netflix, ela mantem incríveis 5 estrelas e logo, logo teremos uma segunda temporada para conhecer o Maralto e o destino daqueles que  “merecem”!

1 Temporada
09 episódios
Classificação: 16