Estou trazendo hoje um filme Lovecraftiano baseado em “A Cor que veio do Espaço”, conto que você pode baixar AQUI!. Trata-se de “Die, monster, die!’’ filme de 1965 de  Daniel Haller com Boris Karloff, Nick Adams e Freda Jackson.tumblr_ltms3adVEZ1qaun7do1_500[1]

Stephen Reinhart (Nick Adams) viaja para a remota aldeia de Arkam na Inglaterra para visitar sua namorada Susan Whitley (Suzan Farmer). Ao chegar à aldeia, ninguém do local quer o ajudar a encontrar a propriedade dos Whitley e começam a evita-lo. Sem meio de transporte, vai a pé até a residência dos Whitley’s que fica nas redondezas de Arkham. No caminho se depara com uma vegetação cinza e morta jamais vista. Ao chegar à propriedade dos Whintley’s é mal recebido por Nahum(Boris Karloff), pai de Susan, que tenta de todas as maneiras expulsá-lo do lugar.

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Porém a esposa de Nahum, Letitia Whintley (Freda Jackson) que está acometida por uma doença desconhecida, permite que Reinhart fique e o faz prometer que levará sua filha daquele local.

Durante a noite coisas estranhas começam a acontecer. Gritos horrendos ecoam pela casa e pouco a pouco a história dos antepassados de Nahum e o envolvimento deles em magia negra  começa a ser contada.

Reinhart está curioso e apreensivo com essas histórias e eventos e após a misteriosa morte do mordomo da família, decide investigar a casa e seu anfitrião que vem agindo de modo estranho desde sua chegada. O que ele descobre é algo incompreensível para ele e sua Susan e logo se veem obrigados a sobreviver ao que a casa reserva para eles.

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Para quem já leu o conto vai perceber que muita coisa está diferente - o que não é ruim. Adaptações são assim. Com uma pegada arriscada para época misturando sci-fi e horror (o que acaba sendo uma de suas falhas, pois ao longo do filme me parece que os dois gêneros revezam em vez de agirem em conjunto),  o filme tenta se afirmar. Embora o clima de mistério e a trilha sonora (principalmente a falta dela em alguns momentos) nos façam querer saber o que acontece na residência dos Whintley’s, a conclusão deixa vários fios soltos. Muitos elementos foram mal aproveitados. A história dos antepassados de Nahum é interessante e cria-se um mistério em saber se eles estão ou não envolvidos em tudo o que acontece, ainda mais com o dialogo de Reinhart e a secretária do antigo médico de Arkham. Mas é só isso! E o antigo e macabro Whintley, anterior a Nahum, não tem  mais lugar no filme. A empregada dos Whintley’s  também recebe uma importância no começo do filme e depois desaparece. O zoológico macabro de Nahum também deveria ter tido mais lugar na trama.

Mesmo assim o filme é denso e nos deixa curiosos sobre o que cerca a casa. É uma ótima fonte  exemplo de personagens comuns se deparando com situações inimagináveis. As cenas em que Reinhart tenta explicar cientificamente cada coisa estranha que vivencia, mostra como o ser humano tenta proteger sua sanidade do que está além da realidade. É brilhante! Vale a pena assistir Die, monster, die!; e aconselho aos mestres de RPG adaptarem o enredo e colocarem os mistérios da mansão Whintley a frente de seus jogadores. Boa diversão!



http://www.youtube.com/watch?v=7Vrq7QxFggo